segunda-feira, janeiro 21, 2013

Ola pessoas como quase nao tenho tempo de postar e vi que poucas pessoas se interessam por ciencia agora estao meus videos aproveitem meu gosto é meio estranho e ecletico mas tem gente que gosta :)





Aproveitem


Ly

quarta-feira, julho 14, 2010

terça-feira, julho 06, 2010

Medicina Indígena : da Magia à Cura







"Você vive outro tipo de realidade quando cresce lá fora, no meio da floresta, ao lado dos pequenos esquilos e das grandes corujas. Todas essas coisas estão ao seu redor como presenças, representam forças, poderes e possibilidades mágicas de vida que, embora não sejam suas, fazem parte da vida e lhe franqueiam o caminho da vida. Então você descobre tudo isso ecoando em você, porque você é natureza."
A lagoa-apache, Edward s. Curtis (1868-1952)

De maneira geral, entre os índios, nas mais diversas aldeias, o tratamento e a cura de doenças é feita pelos pajés, através de práticas mágicas. Segundo a crença dos indígenas, esses poderes podem ser usados para curar doenças como também para provocá-las, razão pela qual é comum atribuir a origem de doenças aos feitiços.

Os processos de cura variam entre os grupos indígenas. Os Xamãs, por exemplo, são uma categoria especial de médico-pajé, que podem entrar em êxtase. Nesse estado, segundo os índios, a alma vai para longe do corpo, percorrendo lugares distantes ou encarnando um espírito estranho.

Dentre os índios, de acordo com Alan Suassuna, que escreve no site sobre o povo Yanomami, o Xamã é o líder espiritual, o intermediário entre os homens e os espíritos, que, durante rituais de cura cheira um pó alucinógeno que, acreditam, "abre" a floresta para os "Xapori", entidades que auxiliam os Xamãs nos rituais de cura.

Segundo Joseph Campbell, em seu livro "O poder do mito", "O xamã é uma pessoa, homem ou mulher, que, no final da infância ou no início da juventude, passa por uma experiência psicológica transfiguradora, que a leva a se voltar inteiramente para dentro de si mesma. É uma espécie de ruptura esquizofrência.

O inconsciente inteiro se abre, e o xamã mergulha nele. Encontram-se descrições dessa experiência xamãnica ao longo de todo o caminho que vai da Sibéria às Américas, até a Terra do Fogo".

Para que se entenda mais de medicina indígena, é preciso mergulhar um pouco em seus mitos e rituais, uma vez que toda a sua cultura influencia sua saúde e a forma como lidam com seus corpos. No ritual de morte, por exemplo, os índios colocam o corpo pendurados em árvores.

Após algum tempo, quando o corpo já se decompôs, eles recolhem os ossos e cremam. Em rituais familiares os parentes misturam um pouco das cinzas ao mingau de banana e tomam. O restante é enterrado no mesmo lugar onde fizeram o fogo. Estes são outros indicativos das crenças mágicas dos indígenas.

Segundo o Dr. Rafael Valdez Aguiar, doutor em medicina e história, a medicina indígena, assim como muitas outras medicinas alternativas, tem muito a ver com a sugestão da pessoa, já que para que a pessoa adoeça ou se cure com recursos mágicos devem cumprir-se três aspectos: que o indivíduo creia, que a pessoa que o vai curar ou adoecer também creia, e que além disso, a sociedade em seu conjunto também creia.

Conforme escreveu Dorangélica de la Rocha, no jornal El Debate, do México, antes mesmo da chegada dos espanhóis, os índios já operavam catarata. Outras enfermidades graves eram curadas com recursos mágicos. A medicina dos indígenas é um milagre, uma magia.

Atualmente, a medicina indígena é um recurso para a cura de enfermidades graves, quando foram esgotados os recursos científicos, porque lida, principalmente, com a fé. Assim como muitas outras medicinas alternativas. Isso tudo não quer dizer que várias das ervas usadas pelos pajés e xamãs sejam descartadas pela medicina tradicional, pois muitas delas possuem princípios químicos ativos que, inclusive, vêm sendo objeto de pesquisa científica e que já compõem vários dos remédios que vamos procurar em farmácias.

Ninguém duvida, também, que a prática de exercícios físicos, dieta equilibrada, ausência de estresse e drogas, contribua para uma qualidade de vida melhor e que resulte em um estado de saúde, genericamente, melhor do que o do homem urbano.

O fato é que muitas das doenças com que lidam os índios em suas tribos são contornadas por sua prática médica. E muitas outras, desconhecidas por eles, os levam à morte. Não é de se admirar que a expectativa de vida indígena seja tão mais baixa do que a do homem urbano, que conta com os recursos de grandes hospitais e toda a alopatia dos grandes laboratórios.

Eficientes

No entanto, para Rafael Valdés Aguilar, doutor em medicina e história, antes da chegada dos espanhóis a medicina era sim eficiente, e resolvia boa parte dos problemas de saúde da população indígena do México. Segundo ele, a medicina é uma parte muito importante da cultura e o motivou no estudo dos grupos indígenas Sinaloenses.

Após anos de estudo e estando pronto para publicar o livro "Medicina prehispánica en Sinaloa y en el noroeste", Rafael Valdés Aguilar afirma que a cultura indígena sinaloense realmente é pouco conhecida.

Professor da Escola de Medicina da Universidad Autónoma de Sinaloa (UAS), Valdés menciona que a medicina daqueles tempos não era uniforme. Explica que era uma medicina eminentemente mágica, embora contendo importantes elementos religiosos e empíricos. As religiões no noroeste do México eram muito elementares, o que torna ainda mais evidente o componente "magia" no tratamento das enfermidades.

Valdés complementa dizendo que os povos indígenas já conheciam mais de duas mil plantas medicinais e eram capazes de realizar operações e cuidar de fraturas ósseas. Tinham, ainda, técnicas mais avançadas de obstetrícia do que as da Europa, à época. De acordo com o professor, pode-se dizer que a medicina indígena é uma das expressões culturais que mais se mantém, desde essa época.

O doutor insiste que a medicina indígena era mais adiantada do que a européia, nos idos de 1400, ou seja, antes da chegada dos espanhóis nas Américas. Segundo Valdés, os índios podiam mesmo curar até enfermidades graves, como a sífilis. Todavia, hoje em dia, há recursos médicos muito melhores, assim, as práticas indígenas e a medicina natural, segundo o autor, estão fora de moda.

Além disso, Valdés acrescenta que a medicina natural é cara, pois há uma forte indústria de produtos naturais que determina os preços. Ele afirma ainda que, na medicina indígena, como em todas as outras, há muitas formas de charlatanismo. Da mesma forma, indica que os médicos científicos são preconceituosos sobre a medicina indígena, pois a desconhecem, porque está claro, para ele, que estuda seriamente os recursos curativos indígenas, que estes eram eficientes e, em alguns casos, seguem sendo.

Rafael cita algumas das substâncias usadas pelos índios: Cardon, com múltiplas propriedades medicinais. Aguacate, contra a caspa. Alcanfor, eficaz contra contusões e reumatismos. Cacao, tônico para o estômago. Calabaza, contra queimaduras e irritações cutâneas. Capulin, para o sistema nervoso, entre outros.

Os Índios Plains e as práticas modernas da medicina

Em novembro de 1998, no Museu da Universidade da Pensilvania, no pavilhão Jonathan Rhoads, houve uma exposição, onde foram exibidas fotos e textos sobre os índios. Dentre os materiais expostos na universidade, havia várias referências à prática médica dos índios.

De acordo com os materiais da exposição, as atuais crenças do sistema de saúde dos Índios Plains reflete uma mistura de tradições indígenas e práticas médicas modernas. Tradições e ritos, além de conhecimentos da medicina das ervas estão presentes. No estado americano de South Dakota, há o Hospital Traig Ht Clinic que é de medicina indígena.

Há círculos de medicina, onde os mais velhos transmitem experiências e conhecimentos aos mais jovens. Usa-se um cachimbo e há inscrições como: "Tabaco. Ele nunca 'significou' para ser abusado".

Outro tratamento comum entre os Plains é a idéia de bem estar. Podendo ser definido como um estado onde a mente, o corpo e o espírito estão em conexão e "balanceados". Um não pode ser separado do outro. Os Oglala Sioux são os mais tradicionais de todos os Índios Plains. Eles sempre trabalharam com as práticas e crenças de saúde desde o passado até o presente.

Para eles as doenças indígenas são causadas pela desarmonia entre humanos e os poderes sobrenaturais. Essas doenças devem ser tratadas pelas práticas nativas, não pela dos "homens brancos", que servem para curar as doenças dos homens brancos, como a diabetes e os problemas cardíacos.

Traduz-se aqui uma prática muito mais "holística" em relação à medicina do que a tradicional e compartimentada medicina ocidental moderna.

Ervas e Medicamentos

De acordo com a FUNAI, Fundação Nacional do Índio, muitos vegetais usados pelos indígenas como medicamentos apresentam de fato resultados surpreendentes e, os conhecimentos técnicos, muitas vezes complexos, dos índios brasileiros, estão presentes tanto no combate às doenças, quanto na caça e na pesca (através da utilização de venenos), na ecologia, na astronomia, na fabricação de sal, de objetos de borracha, de tecidos e na guerra (uso de gases asfixiantes).

O Estado do Acre possui mais de 200 espécies de plantas medicinais catalogadas. Os habitantes da floresta sabem como utilizar toda a riqueza e as potencialidades das plantas. São bastante difundidos na região os medicamentos caseiros, que se utilizam das ervas e plantas da Amazônia como matéria-prima. Cosméticos são preparados à base de óleo de copaíba, e o pau-rosa é utilizado na fabricação de fixadores de perfumes e essências.

Anualmente, a prefeitura de Rio Branco promove, em conjunto com várias entidades, a Feira de Produtos da Floresta do Acre - FLORA -, com o objetivo de divulgar estudos e pesquisas sobre os produtos florestais não-madeireiros, criar mercados para os produtos da região, estimular seu consumo e atrair investidores.

Segundo informações do núcleo Amazon Trade, que estuda a cultura e os costumes da Amazônia, as ervas e a fitoterapia (medicamentos preparados a base de plantas, através de chás, infusões) são recursos muito utilizados pela população local e pelos índios. Como exemplos desses produtos, pode-se citar:

Pó de Guaraná, usado como tônico estomáquico, estimulante, contra distúrbios gastro-intestinais, diarréias. Ativa as Funções cerebrais e combate a arteriosclerose, as nevralgias e as enxaquecas, detém as hemorragias atua como calmante para o coração.

Óleo de Copaíba, utilizado por suas propriedades medicinais, no combate aos catarros vesicais e pulmonares, desinterias, bronquites.

Óleo de Andiroba, potente cicatrizante, anti-inflamatório.

Casca de Açoita Cavalo, contém óleos essenciais que atuam frente as disenterias, hemorragias, artrite, reumatismo, tumores, colesterol e Hipertensão.

Catuaba, tônico energético usado no tratamento de cansaço físico e sexual, insônia, nervosismo, falta de memória. Possui, ainda, propriedades anti-sifilíticas.

Semente de Sucupira, energético, anti-sifilítico, contém alcalóides empregados no tratamento de febres, reumatismo, artrite, inflamações, dermatoses.

Casca de Barmitão, potente anti-hemorrágico, anti-inflamatório.

Casca de Murapuama, tônico neuro-muscular, afrodisíaco, utilizado contra fraquezas, gripes, impotência, reumatismo crônico, etc.

Saracura-mirá, energético, usado no tratamento de cansaço físico, sexual, insônia, nervosismo, falta de memória.

Casca de Assacu, usado no combate às inflamações em geral, ulcerações, tumores.

Semente de Cumaru, propriedades medicinais que atuam reconstituindo as forcas orgânicas debilitadas, como tônico cardíaco.

Casca de Caroba, contém uma resina denominada "Carobona", além de seu princípio ativo, o alcalóide "Carobina". É diaforéticas (Cascas) e anti Sifilíticas (Folhas), debela feridas e elimina inflamações da garganta, afecções da pele, coriza, blenorragia, dores reumáticas e musculares, cálculos da bexiga.

Casca de Moruré, alivia as dores reumáticas, artríticas e da coluna verbal, estimulante do sistema nervoso e muscular.

Amêndoa do Açaizeiro, fornece um óleo verde-escuro bastante utilizado na medicina caseira, principalmente como anti-diarréico. O seu suco, de sabor exótico, possui grande valor nutritivo e contém altas concentrações de ferro, sendo bastante usado no combate à anemia.

Além de todos os produtos acima citados, a região norte do Brasil apresenta, ainda, outros derivados de plantas, como o Daime. De origem indígena, apresenta propriedades calmantes, mas sabe-se também que é pertencente à "família" dos perturbadores do sistema nervoso central, ou seja, é alucinógenas, tanto quanto a maconha ou o LSD.

O Daime dá origem a uma seita chamada de "Santo Daime". O chá é chamado Ayuwasca, obtido da mistura do cipó jagube e da folhas da planta chacrona. Há várias comunidades na Amazônia que cultuam o Santo Daime, reverenciando a mata, a floresta, Deus e a alegria. As letras de seus hinos têm inspiração ecológica. Muitos renomados artistas e pessoas públicas entraram para esta seita.

Fonte: Bibliomed, Inc. 09 de Junho de 2003.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Karta orangotango femea causa alvoroço em zoologico



Orangotango escapa de jaula e causa alvoroço em zoológico

Um orangotango de 62 quilos provocou o fechamento de um zoológico na Austrália neste domingo após conseguir escapar da jaula.
De acordo com o depoimento do diretor do zoológico à agência de notícias australiana AAP, a fêmea Karta, de 27 anos, conseguiu desativar o circuito elétrico que cerca sua jaula usando uma vareta.
Em seguida, o primata empilhou tocos de madeira, grama e raízes de plantas para escalar a cerca e alcançar o outro lado, uma área ainda protegida, porém a poucos metros de distância do público.Um dos visitantes do zoológico foi quem lançou o alerta.
Uma equipe de veterinários foi enviada imediatamente ao local ficando a postos com armas carregadas com tranquilizantes. Os veterinários, no entanto, não precisaram usar as armas."Eu acho que quando ela chegou lá, percebeu que estava fazendo coisa errada. Então ela se pendurou na cerca e pulou de volta à jaula", disse o diretor do zoológico, Peter Whitehead, à AAP.
O zoológico permaneceu fechado durante todo o dia por questões de segurança. Segundo biólogos, orangotangos tem um nível de inteligência comparável ao das crianças.
Fonte : BBC - Brasil

segunda-feira, agosto 10, 2009

Voce tem problemas pra dormir? Fique Frio

Anahad O'Connor
The New York Times


A AFIRMAÇÃO


Temperaturas baixas melhoram o sono.


OS FATOS


Evitar cafeína, aderir a horários regulares e beber um copo de leite morno são as dicas mais comuns para uma boa noite de descanso. No entanto, a temperatura ideal do quarto também pode ter uma importância crucial.

Estudos revelam que, em geral, a temperatura ideal para dormir é baixa, de 15,5ºC a 20ºC.


Para alguns, as temperaturas muito abaixo ou acima dessa faixa podem levar à agitação.Ao que parece, temperaturas nessa faixa ajudam na diminuição da temperatura corporal que, por sua vez, inicia a sensação de sono.


Cada vez mais estudos estão descobrindo que a regulação da temperatura tem um papel importante em muitos casos de insônia crônica. Pesquisadores mostraram, por exemplo, que pessoa que sofrem desse mal tendem a ter uma temperatura corporal mais quente que pessoas com sono regular, um pouco antes de irem para a cama. Isso leva a um esforço para adormecer, já que o corpo tenta reajustar seu termostato interno.


Para pessoas com sono tranquilo, a queda na temperatura corporal é marcada por um aumento na temperatura dos pés e das mãos, à medida que as veias dilatam e o corpo irradia calor. Estudos mostram que, para pessoas com problemas de sono, um quarto frio e uma garrafa de água quente colocada nos pés, que rapidamente dilata as veias, podem forçar o termostato interno a um estado melhor.


CONCLUSÃO


Um quarto frio e uma temperatura corporal baixa são excelentes para o sono.


Tradução: Gabriela d'Avila

terça-feira, maio 12, 2009

Criança brasileira faz tratamento com células-tronco na China

Clarinha tem um ano e nove meses de idade e ja teve melhoras desde que iniciou o tratamento na China.
Acometida de paralisia cerebral desde o nascimento, a pernambucana Clara Pereira veio à China em busca de tratamento com células-tronco.Possivelmente a primeira criança brasileira com essa condição a se tratar na China, Clara ficou um mês na cidade de Cantão e retorna nesta terça-feira ao Brasil.


A menina de um ano e nove meses de idade recebeu uma série de seis injeções com células-tronco e já apresenta melhoras, enquanto espera ver resultados ainda mais significativos no próximo meio ano.A família de Clara optou por vir à China após não encontrar terapia semelhante no Brasil. "No Brasil os médicos acham que tudo é muito novo e preferem esperar.
Tudo bem esperar enquanto não é o filho deles, mas eu tenho que fazer alguma coisa por Clarinha", disse à BBC Brasil Carlos Pereira, pai da menina.A paralisia cerebral de Clara foi causada pela falta de oxigenação das células cerebrais durante o nascimento. Embora tenha uma inteligência normal, ela perdeu boa parte do seus neurônios responsáveis pela coordenação motora, por isso não caminha, engole ou fala.
No caso de Clara, os médicos esperam que as células-tronco criem novos neurônios na área afetada do cérebro, para que a menina possa desenvolver habilidades motoras.
Tratamento
As células-tronco são células capazes de se multiplicar e se diferenciar em vários tecidos do corpo humano: músculos, ossos, pele e, inclusive, neurônios.O tratamento consiste de injeções de células-tronco extraídas do cordão umbilical de bebês nascidos na China.
A empresa de biotecnologia que oferece o tratamento tem capital estatal e utiliza material retirado de bebês que nasceram em hospitais da rede pública."No Brasil os cordões vão para o lixo. É um desperdício", lamenta Carlos Pereira, pai de Clara.
Os custos da viagem e internação de um mês, que somaram US$40 mil (cerca de R$ 83 mil), foram pagos com dinheiro levantado através de uma campanha de doações organizada pela família de Clara no Recife.
Referência
A China vem se tornando referência em estudos com células-tronco porque as pesquisas são permitidas e estimuladas pelo governo, em um nítido contraste com o clima de debate e indecisão que ainda envolve o tópico em outros países.
Há pouco mais de um mês, o ministro de Saúde, Chen Zhu, inaugurou na província de Jiangsu a construção do maior laboratório dedicado à pesquisa de células-tronco no mundo.O centro será localizado na área de Taizhou e terá mais de 20 mil metros quadrados de instalações.
"Acelerar o desenvolvimento das pesquisas é importante para melhorar o padrão de vida e saúde das pessoas" disse na ocasião o ministro Chen, defendendo a posição pragmática do governo chinês.
Em outros países, a pesquisa com células-tronco polariza opiniões, em particular por causa de questões éticas que envolvem a utilização de células embrionárias.
No Brasil as pesquisas com células-tronco embrionárias só foram legalizadas em maio de 2008, quando o Supremo Tribunal Federal aprovou a continuidade das pesquisas - que já tinham sido previstas na Lei de Biossegurança aprovada em 2005, mas que tiveram sua constitucionalidade questionada.Nos Estados Unidos há clínicas particulares que oferecem tratamentos e pesquisam células-tronco, mas até o começo deste ano, o governo não dava apoio a essas iniciativas.
Em janeiro, o presidente Barack Obama anunciou o fim de restrições para pesquisas com células-tronco feitas com verbas federais, revertendo uma decisão tomada pelo seu antecessor George W. Bush.
Polêmica
O ponto polêmico é a utilização de células-tronco retiradas de embriões fecundados em laboratório.
Muitos veem os embriões como um ser humano e o uso deles para estudo significaria um atentado à vida. "No caso da Clara nós só optamos por fazer o tratamento depois que ficou comprovado que a empresa só trabalha com células do cordão umbilical de nenês recém-nascidos", explicou Pereira.
As células-tronco retiradas do cordão umbilical são do tipo pluripotentes, ou seja, tem capacidade de produzir novas células em quase qualquer tecido do corpo humano onde forem empregadas, mas não se reproduzem ou se multiplicam.
Já células-tronco retiradas no estágio inicial da formação de um feto podem ser totipotentes, podem produzir qualquer tipo de tecido e se multiplicar criando vida independentemente.
Pesquisadores defendem o uso das células-tronco embrionárias ao invés das umbilicais, pois as primeiras podem ser produzidas em laboratório, enquanto que as outras depende de doações.
Fonte : Marina Wentzel
De Hong Kong para a BBC Brasil

POETA É POETA

Em um momento de descontração, o grande poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu:


'Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejode apertar-te em minha mão,
numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.
A noite era quente e calmae eu estava em minha cama,quando, sorrateiramente,te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupano meu corpo nu,sem o mínimo pudor!
Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mime mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares..Eu adormeci.
Hoje quando acordei,procurei-te numa ânsia ardente,mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveisdo que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo,para na mesma cama te esperar.
Quando chegares,quero te agarrar com avidez e força.
Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos.
Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti,
pernilongo Filho da Puta!'